Durou pouco o reinado de Cristiano Ronaldo como o jogador mais bem pago do mundo. Apenas um mês depois de renovar contrato com o Real Madrid, o astro português foi ultrapassado por Carlos Tévez, que trocou hoje o Boca Júniores pelos chineses do Shanghai Shenhua.
Ao todo, o avançado argentino, que já passou por clubes como o Manchester United, Manchester City ou Juventus, vai embolsar 80 milhões de euros por um contrato de dois anos. A remuneração anual de cerca de 40 milhões de euros é praticamente duas vezes superior àquilo que Ronaldo conseguiu negociar o Real Madrid – embora, no que diz respeito a contratos, as comparações sejam sempre difíceis de fazer, por incorporarem cláusulas diferentes em relação a direitos de imagem, prémios de jogo, etc.
Ainda assim, é inegável que Tévez vai mesmo ser o atleta mais bem pago do mundo. O que é notável para um jogador que tem já 32 anos e que está há já algum tempo arredado dos grandes palcos (abandonou o futebol europeu em 2015). De resto, o avançado não aparecia sequer na lista dos 100 desportivas mais bem pagos do mundo (da Forbes), o que ilustra bem a dimensão da escalada.
Entre os adeptos do clube as opiniões não são consensuais. Como escreve o Mais Futebol, há vários apoiantes do Shanghai a duvidar da razoabilidade de comprar um jogador de 32 anos e pagar-lhe valores tão exorbitantes. Já o próprio Tevez mostrou-se “radiante” com a possibilidade de representar a turma chinesa.
O Shanghai Shenhua é um clube detido desde 2014 pelo grupo imobiliário chinês Greenland. O grupo tem investido a fundo na equipa, que de momento é liderada pelo peruano Gustavo Poyet, e conta nas suas fileiras com nomes como o ex-portista Fredy Gyarín ou o nigeriano Obafemi Martins. E a compra de Tévez insere-se numa aposta estratégica da China: usar o seu poderio financeiro para ganhar cada vez mais peso no futebol internacional.
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