Portugal está ainda longe de ter uma liga que possa competir com as outras grandes ligas europeias. Prova disso, é o mais recente relatório da UEFA, que diz que os clubes portugueses tiveram um rendimento financeiro total de 344 milhões de euros. Um desempenho que coloca Portugal no nono lugar das ligas europeias com o maior rendimento. De onde vem esse dinheiro? Bem, pode-se dizer que os emblemas nacionais não têm todos os seus ovos na mesma cesta.
É a maior fonte de rendimento dos clubes portugueses. Os direitos de transmissão televisiva representaram 30% das receitas totais dos clubes nacionais. De seguida, os patrocínios foram a segunda maior fonte de rendimento, equivalendo a 27% do bolo financeiro dos clubes portugueses.
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Também as receitas da UEFA surgem em evidência. Apesar da fraca prestação portuguesa na Europa na temporada de 2014/2015, as receitas da UEFA constituíram 22% das receitas para os clubes portugueses – ou neste caso, para o FC Porto, Benfica, Sporting, Estoril e Rio Ave. Das dez ligas mais lucrativas financeiramente, Portugal destaca-se como o país com os clubes mais dependentes das receitas da UEFA, com mais 12 pontos percentuais do que a média.
Por fim, a venda de bilhetes corresponde a apenas 12% das receitas dos clubes em Portugal. As baixas assistências durante os jogos são um problema recorrente e os clubes já sabem que não podem contar com muito do dinheiro que conseguem com a venda de ingressos. Comparativamente, apenas a Rússia (4%) e a Itália (11%) se encontram a baixo de Portugal.
Em geral, verifica-se uma enorme disparidade entre Portugal e os outros países de top europeu. Em comparação com os clubes portugueses, o rendimento dos clubes ingleses era quase 13 vezes superior, o dos clubes alemães era sete vezes superior e o dos clubes espanhóis era quase seis vezes superior.
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