O Coritiba e o Atlético Paranaense confirmaram o seu abandono da Primeira Liga brasileira na próxima temporada. Em causa está a discordância dos dois clubes em relação à forma com as receitas televisivas são distribuídas.

A Primeira Liga une os estados do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro e procura contar com 16 equipas para a segunda edição da competição já no próximo ano.

“Saímos da Primeira Liga por não concordar com as regras propostas. Não aceitamos a diferenciação e distinção entre os clubes. Queremos algo que seja bom para todos”, anunciou o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, em comunicado no site oficial do clube.

Coritiba deixa a Primeira Liga:https://t.co/YqQXSqUNR3 pic.twitter.com/9MQDKMXpV3

— Coritiba (@Coritiba) 23 de novembro de 2016

A compra dos direitos televisivos das próximas três temporadas foi feita pela Rede Globo, num negócio que atingiu os 17 milhões de euros.

Segundo o site UOL, o acordo estipulava que a divisão das receitas fosse feita por patamares – o Flamengo assumindo o primeiro; o Fluminense, Atlético-MG, Cruzeiro, Grémio e Internacional num segundo patamar; o Coritiba e o Atlético-PR no nível três e os restantes emblemas no último nível.

“Faltou bom senso”

Tanto o Coritiba como o Atlético-PR manifestaram-se contra a divisão dos dividendos, defendendo que 45% das receitas deveria ser distribuída igualmente pelos clubes, 32,5% de acordo com a audiência e 22,5% conforme a classificação final.

A decisão de abandono dos dois clubes canarinhos está a ser muito criticada, inclusive pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que diz que “faltou bom senso” por parte do Coritiba e do Atlético-PR.