O conglomerado chinês Dalian Wanda está a planear lançar uma competição rival à UEFA Champions League, segundo avança hoje o Financial Times.
O grupo do multimilionário Wang Jianlin está já em negociações com vários agentes do futebol europeu para criar uma alternativa à prova milionária da UEFA, adianta ainda o diário económico britânico.
A ideia passa por criar uma competição única juntando entre 32 a 64 equipas do Velho Continente. Isto garantiria lugar, pelo menos, aos seis primeiros classificados da Premier League, La Liga espanhola, Bundesliga alemã, Serie A italiana e Ligue 1 francesa – as cinco principais ligas europeias.
Em relação às ligas de menor expressão, a representação seria mais reduzida do que acontece actualmente com a Liga dos Campeões.
O apoio da Dalian Wanda na criação de um novo torneio seria o culminar de uma estratégia de afirmação no futebol mundial que o grupo chinês tem vindo a realizar nos últimos anos.
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Em Março, a Wanda Group tornou-se num dos principais parceiros comerciais da FIFA, colocando “em boa posição” para ajudar a decidir a atribuição de futuras edições de grandes competições desportivas mundiais, como o Campeonato do Mundo. Além disso, a Wanda detém 20% do Atlético de Madrid, de Espanha, num negócio realizado em Janeiro de 2015.
Marco Bogarelli, director estratégico da Wanda Sports Holding, afirmou ao Financial Times que já deram início às negociações com clubes da LaLiga e da Serie A, prevendo estabelecer contactos com os clubes da Premier League, Bundesliga e Ligue 1 já a seguir ao Euro 2016.
Bogarelli referiu ao Financial Times que o objectivo da ‘nova’ Champions League passa por dar maior representatividade às ligas nacionais com maior mercado televisivo – Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França. São estas as regiões que mais contribuem as receitas televisivas da Champions.
“Muitos jogadores talentosos estão a decidir jogar na Ásia em vez da Europa. Um dia a Ásia terá dinheiro para ter Cristiano Ronaldo… É do interesse comum que estas cinco ligas continuem a crescer na Europa para manter a liderança”, acrescentou o responsável.
Bogarelli frisou ainda que a Wanda tentará procurar o apoio da UEFA.
Em resposta ao jornal britânico, Theodore Theodoridis, secretário-geral interino da UEFA, disse: “Não é a primeira vez que se especula sobre a possibilidade de uma nova liga, e provavelmente não será a última vez. Quando se toma decisões, temos de ter sempre em conta não só o aspecto financeiro dos clubes mas também o bem maior do jogo e o seu desenvolvimento em todo o continente”.
Em Março, foi noticiado que Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Manchester City estiveram em conversações para a criação de uma Super Liga Europeia, numa operação intermediada por um grupo norte-americano.
Ainda assim, esta ideia de uma liga mais restrita já mereceu o voto desfavorável da Associação das Ligas Europeias Profissionais de Futebol (EPFL).
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