O valor global dos direitos de televisão dos esportes superou pela primeira vez a fasquia dos $60 bilhões, impulsionado pelos Jogos Olímpicos de Paris e pelo Euro 2024, de acordo com o Global Media Report da SportBusiness.
Os direitos televisivos ascenderam a $62,6 bilhões em 2024, correspondendo a um aumento de 12% em relação aos $55,85 bilhões do ano anterior, e que se deve sobretudo à realização de dois megaeventos esportivos no corrente ano.
Os esportes de eleição também aumentaram o seu valor. Particularmente no cricket (mais 15% em relação a 2023) e o esportes do colégio dos EUA (subida de 12%), segundo o mesmo relatório.
Ainda assim, o futebol e o futebol americano dominaram, representando em conjunto 54,5% do valor global. O valor dos media rights do futebol cresceu cerca de 12%, reforçando o estatuto de exporte mais valioso do mundo. Representa um terço das receitas de direitos de tv a nível global.
Netflix anima 2025
Para 2025 se espera que o valor aumente em relação a 2023, atingindo os $56,6 bilhões. E nos anos seguintes o valor dos media rights voltará a superar a barreira dos $60 bilhões, batendo recorde nos $66,6 bilhões em 2026, ano de Copa do Mundo.
Estes dados parecem contrariar a ideia de um declínio das receitas televisivas na indústria esportiva que vinha cimentando nos últimos anos.
Alguns dos sinais negativos vinham do futebol. Por exemplo, a Ligue 1 de França tardou em alcançar um acordo doméstico, mas o contrato para o novo ciclo trouxe uma redução acentuada de receita. E a Serie A de Itália também enfrentou dificuldades com o processo de venda dos direitos internacionais.
“Os grupos de comunicação social de todo o mundo compreendem mais do que nunca o poder único do desporto ao vivo para atrair audiências e gerar receitas – mesmo que estes setores possam evoluir a partir dos modelos utilizados nas décadas anteriores”, disse Imran Yusuf, Editor of SportBusiness Media.
“O próximo ano verá a Netflix dar um passo maior na transmissão desportiva ao vivo, com uma série de acordos importantes de direitos de media no horizonte. Isto inclui o UFC a procurar um novo acordo com os EUA para 2026 em diante e o NRL da Austrália a assumir também os seus direitos de mercado. Falta também saber se a FIFA conseguirá fechar acordos de transmissão fortes para o Mundial de Clubes”, acrescentou.
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