Barcelona vende naming do Camp Nou e doa verba para combater Covid-19

Abr 22, 2020

O Barcelona anunciou planos para vender os naming rights do  Camp Nou, numa decisão sem precedentes uma vez que será a primeira vez desde a sua abertura, em 1957, que o icónico estádio dos catalães terá um nome de uma marca associado.

O clube blaugrana que faz do “Mais do que um clube” o seu mantra voltou a surpreender pela seu espírito solidário. Irá vender os direitos comerciais do nome do estádio na próxima temporada e doar as receitas para atividades de caridade e para ajudar a combater o coronavírus.

O negócio terá assim a duração de um ano, embora a procura por um sponsor “oficial” deva continuar. O estádio do Barcelona, com mais de 100 mil lugares, nunca esteve associado a uma marca.

Depois dos EUA, Espanha é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com os espanhóis a registarem mais de 200 mil casos e 21 mil vítimas mortais.

Em comunicado, o Barcelona adiantou que o dinheiro da venda dos naming rights do estádio será canalizado para investir em projetos de investigação que estão a ser conduzidos na Catalunha e no resto do mundo envolvidos na luta contra os efeitos da Covid-19.

“Estamos muito contentes por levarmos a cabo esta iniciativa que oferece algo tão emblemático como o nome do nosso estádio para que instituições, organizações e empresas que se associem a ele e, como tal, contribuam para lutar contra o Covid-19, tendo em conta que o seu investimento será usado para financiar projetos de investigação sobre a doença e projetos que estão a trabalhar para erradicar ou minorar os seus efeitos”, anunciou o Barcelona.

O emblema catalão disse que irá ceder os direitos à fundação do clube, que será a entidade que vai gerir todo o processo. A esperança é encontrar um sponsor nas próximas semanas e entregar o dinheiro para caridade envolvendo investigação sobre o Covid-19.

Recorde-se que em 2006 o Barcelona já tinha decidido atribuir o patrocínio da camisola À Unicef. Em vez de receber dinheiro, o clube catalão contribuía com 1,6 milhões de euros por ano para ter o nome da Unicef na sua camisola, servindo como rampa de lançamento para negócios comerciais que se seguiram: primeiro com a Qatar Foudation e depois com a Qatar Airways.

Comunicado do Barcelona

“Estamos muito contentes por levarmos a cabo esta iniciativa que oferece algo tão emblemático como o nome do nosso estádio para que instituições, organizações e empresas que se associem a ele e, como tal, contribuam para lutar contra o Covid-19, tendo em conta que o seu investimento será usado para financiar projetos de investigação sobre a doença e projetos que estão a trabalhar para erradicar ou minorar os seus efeitos.

Neste momento, podemos quantificar os efeitos desta crise de saúde, mas também sabemos que irá requerer todos os recursos para derrotar o vírus e por essa razão é tão importante que o façamos juntos, num compromisso sólido e firme”.

 

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