Os líderes do futebol dos Estados Unidos, Canadá e México anunciaram uma candidatura conjunta ao Mundial de futebol de 2026. O objectivo é levar 48 equipas a América do Norte durante um mês de competição, naquela que seria a mais lucrativa organização de um evento desportivo de todos os tempos.

A América do Norte não recebe este certame desde que os EUA organizaram a edição de 1994, num evento que atraiu quase 3,6 milhões de pessoas para estádios em todo o país – e que continua, hoje em dia, a ser um recorde mundial. Depois desse torneio, a FIFA aumentou o número de equipas, de 24 para 32, mas o sucesso nunca mais foi o mesmo.

Um retorno à América do Norte, com 60 jogos nos EUA e 10 no México e no Canadá, seria “de longe o mais bem-sucedido da história da FIFA em termos económicos”, disse Sunil Gulati, responsável da Federação de Futebol norte americana. “Temos 500 milhões de pessoas nesses três países. Este será um Mundial extraordinariamente bem-sucedido por motivos financeiros e económicos, e isso é crítico porque a maioria das receitas da FIFA vem deste evento”.

O Mundial de 2018, na Rússia, deve ter receitas na casa dos 5,5 mil milhões de dólares, incluindo dinheiro de vendas de bilhetes, patrocínios e direitos de media. A FIFA estimou que as 16 equipas adicionais representem um incremento de mil milhões de euros de receitas. Os EUA e o México contribuem com dois dos maiores mercados do mundo, especialmente devido à capacidade de ‘encaixar’ jogos em horário nobre.

Os responsáveis do México, Canadá e Estados Unidos disseram que sua oferta também diferirá da dos últimos (e futuros, já agora) anfitriões do torneio, que gastaram milhões para criar estádios e infra-estruturas turísticas. O Brasil gastou mais de 1,1 mil milhões de dólares para sediar o evento em 2014 e a Rússia deve duplicar esse valor. Já o o Qatar deverá gastar mais de dez vezes esse montante (!) no Mundial de 2022. “As infraestrutura já estão no lugar, só é mesmo necessário potencial o que já existe”, disse Gulati.