Não foi só a atmosfera que esteve extraordinariamente quente durante o ano de 2016. De acordo com dados publicados recentemente pela FIFA, o mercado de transferências também aqueceu, e muito. Até agora – e ainda faltam alguns meses para o ano ‘fechar’ -, os clubes já gastaram 4,4 mil milhões de dólares em compra em venda de jogadores, batendo um novo recorde.
A despesa com transferências de jogadores cresceu assim 7% relativamente ao ano passado, e 11,9% face a 2013. Só para ter uma ideia da grandezas envolvidas, os 4,4 mil milhões reportados pela FIFA (e disponíveis aqui) representam cerca de 2% do PIB português.
Sem surpresa – pelo menos para quem segue este fenómeno com alguma atenção – os gastos vêm sobretudo do Reino Unido, que representa cerca de 13% da despesa total. Recorde-se, por exemplo, que o Manchester United fixou um novo recorde de transferência com a contratação de PaulP Pogba: o francês custou 105 milhões de euros, mais cinco milhões do que o galês Gareth Bale custou ao Real Madrid em 2013. Outra transferência que também entrou direitinha para a lista das mais onerosas foi a de John Stones, que trocou o Everton pelo City por 55 milhões de euros.
Já no que diz respeito aos vendedores, Espanha foi o país que mais dinheiro recebeu, num total de 260 milhões de dólares. Itália aparece em segundo lugar, com 240 milhões (curiosidade: Pogba é responsável por mais de um terço deste montante…), e Portugal fecha a lista, numa honrosa quinta posição. As transferências milionárias de Renato Sanches, Gaitán e João Mário deram uma preciosa ajuda para este resultado.
Finalmente, nota de relevo para o peso crescente que as comissões têm no total das transferências. Segundo os dados da FIFA, dos 4,4 mil milhões dólares cerca de 130 milhões destinaram-se ao financiamento de comissões – cerca de 3% do total. Em 2013, as comissões não representavam mais de 2% dos gastos totais.
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