A propósito da batalha entre a NOS e a Altice pelos direitos televisivos em Portugal, analisamos os valores dos media rights praticados na Premier League, onde tudo é feito de forma centralizada e mais equitativa. A palavra-chave é mesmo essa: equitativa.
Antes de mais, a novidade: a Sport TV vai voltar a transmitir os jogos da Liga inglesa em Portugal nas próximas três temporadas.
Supostamente, o Benfica nem deverá ter ido ao leilão da Premier League, depois do negócio milionário que protagonizou com a NOS (400 milhões de euros para os próximos dez anos, ou 40 milhões por época) ter ditado uma nova estratégia para o canal Benfica TV.
Mas os valores praticados cá em Portugal, mesmo os do contrato Benfica/NOS, pouco ou nada se podem comparar com aqueles que observamos na Liga inglesa.
Em Inglaterra, o processo de venda dos direitos televisivos é feito de forma centralizada e a distribuição dos montantes por cada clube é realizada de forma mais justa possível: um montante base no valor de 76,5 milhões de euros à cabeça para cada clube da Premier League mais uma remuneração variável em função do desempenho e das suas infraestruturas. A fórmula tem se revelado relativamente bem-sucedida.
O campeão Chelsea recebeu quase 140 milhões de euros pelos tv rights na última temporada, cerca de 50 milhões a mais do que o último classificado, o Queens Park Rangers (recebeu cerca de 92 milhões de euros).
Ou seja, o campeão recebeu aproximadamente 1,5 vezes mais do que o último classificado. Nada mau se tivermos em conta as realidades dos outros campeonatos.
Em suma, a maior parte dos clubes ingleses recebeu mais de 100 milhões de euros pelos direitos de transmissão televisiva só na época passada. Isto prova que a Premier League é o maior campeonato de futebol do mundo. E também que o futebol pode ser um negócio bastante atrativo, que o digam os investidores chineses e norte-americanos.
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