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Quanto já ganhou José Mourinho em indemnizações?

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José Mourinho voltou a Portugal para treinar o Benfica, num regresso que não gerou propriamente euforia entre os adeptos, mas também não provocou grande contestação. A verdade é que, mesmo depois de vários anos de altos e baixos, Mourinho ainda tem um peso enorme no futebol português e um respeito que poucos treinadores conseguem manter.

Contudo, depois dos primeiros pontos perdidos logo no seu segundo jogo, ainda por cima em casa, as dúvidas começam a crescer. E com as eleições no horizonte, o futuro de Mourinho e principalmente o custo de um possível despedimento, já se tornou tema quente de debate entre benfiquistas.

Um histórico milionário de despedimentos

Se há algo que acompanha Mourinho desde cedo é o peso financeiro das suas saídas. Ao longo da carreira, o treinador português já terá recebido cerca de 108 milhões de euros em indemnizações, resultado de sete despedimentos. Em média, cada despedimento valeu-lhe cerca de 15 milhões de euros.

No caso do Benfica, não há valores oficiais sobre o seu contrato, mas as estimativas apontam para 16 a 17 milhões de euros brutos por época. O vínculo é válido até 2027, embora com a possibilidade de rescisão no final da época, tanto pelo clube como pelo próprio treinador. Essa cláusula é vista como um “mal menor”, pois permite ao Benfica reduzir os estragos financeiros caso a aposta não resulte.

O que esperar do Benfica de José Mourinho?

Para evitar mais um despedimento milionário, o técnico setubalense tem um grande objetivo: ganhar o campeonato. É nisso que Mourinho será julgado e é isso que poderá definir o peso da sua passagem pelo Benfica. Mas apesar das más exibições do Benfica, que continuam mesmo com Mourinho ao leme (era esperado um ‘eletrochoque’ na equipa com a sua chegada, que não aconteceu), ainda assim as casas de apostas olham para a turma encarnada com confiança.

Por mais curioso que seja, as casas de apostas portuguesas, como a Betano ou ainda o Placard.pt, colocam o Benfica na frente do Sporting, relativamente ao favoritismo para vencer a Liga Portugal, perdendo apenas para o FC Porto. No Placard.pt, o Sporting tem uma odd igual a 3, contra os 2.75 que paga pela conquista encarnada. O Porto destaca-se por pouco, com um odd de 2.15. Perante estas ‘probabilidades’, uma questão coloca-se: é a confiança em Mourinho ou o nome do clube que mais pesa?

A verdade é que ainda ha tempo para José Mourinho pôr a equipa a nos eixos, e surpresas acontecem com frequência. OS adeptos mais aguerridos poderia aproveitar o código promocional Placard.pt em 2025, para proteger uma aposta no Benfica Campeão. Mas a verdade é que neste momento, pleo futebol praticado pelos Três Grandes, o Benfica é aquele que menos convence, deixando antever ainda muito trabalho pela frente para o técnico luso. Os já começam a desconfiar…

Vive José Mourinho ainda do passado?

Não há dúvidas de que Mourinho é o melhor treinador português de sempre e um dos maiores da história do futebol mundial. Conquistou títulos em praticamente todos os clubes por onde passou, desde a Champions League com o FC Porto e o Inter de Milão, aos campeonatos em Inglaterra, Espanha e Itália. Durante muitos anos, contratar Mourinho era sinónimo de títulos, e acima de tudo, de equipas bastante competitivas.

Durante muito tempo, Mourinho foi também o símbolo da modernidade no futebol. Revolucionou a forma de treinar, introduziu métodos inovadores, foi mestre na preparação psicológica e transformou a comunicação numa arma tática. Quem o acompanhava via nele um pioneiro, alguém sempre um passo à frente da concorrência.

Mas esse tempo parece ter ficado para trás. Hoje, Mourinho dá a sensação de estar ultrapassado. Aquilo que o distinguia já não tem o mesmo impacto. Se os seus discursos eram capazes de incendiar balneários e mexer com rivais, agora parecem repetitivos e até desgastados. Em campo, as suas equipas já não demonstram a mesma frescura nem a capacidade de adaptação que marcaram os seus tempos de glória.

Já passaram dez anos desde que Mourinho conquistou o seu último Campeonato Nacional, em 2015 com o Chelsea. Desde então, ganhou outros troféus, nomeadamente uma Liga Europa com o Manchester United ou ainda uma Liga Conferência com a Roma, mas está longe do patamar que o tornou lendário. A sensação é que continua a viver da aura criada na primeira metade da carreira, mas sem conseguir reinventar-se num futebol que evoluiu muito desde então.

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