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O Chelsea confirmou que chegou a um acordo de venda com o grupo liderado por Todd Boehly, e que junta ainda a Clearlake Capital, Mark Walter (Guggenheim Partners) e o bilionário suíço Hansjörg Wyss.

De acordo com o time de Londres, o negócio ascende a €4,9 bilhões (£4,25 bilhões). Isto inclui €2,9 bilhões [£2,5 bilhões) para a compra de ações do Chelsea que serão depositados numa conta bancária congelada pelas autoridades britânicas. Roman Abramovich se encontra sancionado por conta das ligações a Putin.

Trata-se do maior negócio de sempre na Premier League, acima dos cerca de €900 milhões (£790 milhões) que a família Glazer investiu para comprar o Manchester United em 2005.

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As receitas com a venda do Chelsea se destinarão a apoiar causas humanitárias relacionadas com a guerra da Rússia na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, segundo tinha anunciado Abramovich quando colocou o time à venda, poucos dias antes de saber que estava na lista negra de sancionados pelo Governo britânico..

Os novos proprietários se comprometeram a investir €2 bilhões (£1,75 bilhões) no time, incluindo investimentos no estádio Stamford Bridge, na academia, time feminino e fundação do Chelsea.

É expectável que o negócio se conclua até final de maio, assim que Governo e a Premier League aprovarem a operação. Fontes do mercado admitem que isto é uma mera formalidade pois os investidores tiveram autorização prévia para avançar com a transação.

Duas décadas douradas em Londres

Roman Abramovich comprou o Chelsea há duas décadas, por €155 milhões. O russo investiu pesado no desenvolvimento dos blues de Londres, nomeadamente no reforço do time principal que é hoje um dos maiores da Premier League.

Sob o comando do russo, o clube conquistou o título da Premier League cinco vezes e a Liga dos Campeões da UEFA por duas vezes, a última das quais na última temporada.

Por isso, o processo, que durou cerca de dois meses, atraiu muitos fundos de investimento milionários, magnatas do desporto e estrelas desportivos, num negócio que foi organizado pelo banco Raine Group.

A Clearlake Capital irá suportar financeiramente o grupo de Boehly. O negócio inclui ainda o multimilionário suíço Hansjörg Wyss e o presidente da Guggenheim Partners Mark Walter. Daniel Finkelstein, do partido conservador do Reino Unido, também está no lance.

Americanos reforçam domínio na Premier League

Boehly é cofundador e chefe executivo da Eldridge Industries, com sede em Connecticut, nos EUA. Tem investimentos em várias áreas, incluindo seguros, gestão de ativos, tecnologia, mídia e imóveis.

O ex-presidente do Guggenheim Partners é co-proprietário do time de beisebol Los Angeles Dodgers e do time de basquetebol LA Lakers.

A aquisição do Chelsea pelo grupo de Boehly acentua o domínio americano na liga mais rica do mundo, a Premier League. A família Glazer adquiriu o Manchester United em 2005. O Fenway Sports Group de John Henry controla o Liverpool. E Stan Kroenke é dono do Arsenal.

Todos eles são conhecidos por serem proprietários de franquias esportivas americanas. O Tampa Bay Buccaneers da National Football League (futebol americano) é propriedade dos Glazers. Kroenke é dono do Los Angeles Rams, um time rival da NFL. O time de beisebol do Boston Red Sox faz parte do portfólio esportivo da Fenway.

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