Os clubes de futebol brasileiros agora podem aproveitar dos benefícios da Lei da SAF. A aprovação da nova Lei da Sociedade Anônima de Futebol, n°14.193, abre caminho para um novo mecanismo jurídico, que permite aos times de futebol assumirem a posição de empresas, com modalidade de sociedade anônima.

A operação garante algumas mudanças, como novo regime tributário especial e a possibilidade de receber investimentos privados, como aponta a Betway Insider, blog de palpites de futebol,  em sua reportagem especial.

Por isso, confira Top 5 benefícios da Lei da SAF para os clubes brasileiros:

1. Quitação de dívidas

Em um primeiro momento, a quitação de dívidas dos clubes é um dos benefícios da Lei da SAF mais interessantes para a gestão.

Isso porque a compra do clube-empresa por companhias externas, por exemplo, permite assumir o pagamento desses débitos.

De acordo com a matéria da Betway, site de esporte bet, alguns times brasileiros já aderiram a esse modelo. O Vasco negociou 70% de sua SAF e conseguiu uma promessa de investimento maior, na casa dos R$700 milhões, além do pagamento de suas dívidas.

Além disso, o Botafogo e Cruzeiro também cederam 90% por R$400 milhões, mais a quitação das dívidas.

Dessa forma, é possível que os clubes brasileiros paguem suas dívidas por meio de alteração no seu status de associação.

2. Novo regime tributário

Ainda, também se destaca, entre os benefícios da Lei da SAF, a possibilidade de um novo regime tributário para os clubes.

Conforme apontou a Betway, esse novo modelo traz impostos mais em conta, o que promove uma redução nos custos e menor burocracia nas contas dos times.

Além de maior simplicidade no pagamento de contas, essa facilidade também pode atrair investidores.

3. Investimentos

Entre os benefícios da Lei da SAF se destacam a possibilidade de investimentos externos.

Empreendedores e outras companhias privadas poderão oferecer lances para adquirir parte dos clubes, como ocorreu no Brasil e acontece na Europa.

Isso permite a quitação das dívidas, mudança nas gestões e diretorias e novas oportunidades para o clube, por meio do investimento privado.

No entanto, esse benefício também vem acompanhado de cuidados. “O brasileiro precisa ficar de olho em dois pontos principais. O primeiro é sobre que SAF está sendo criada, o que está sendo colocado nessa SAF. Depois, quem está comprando essa SAF, qual o perfil desse investidor, qual a índole desse investidor, qual a perspetiva dele com o clube. Estamos falando de clubes com características muito distintas, expectativas da torcida muito distintas, e isso também vai pesar”, alerta o jornalista e pesquisador Irlan Simões em entrevista para a Betway.

4. Valorização dos times

Com a Lei da SAF, os clubes-empresa poderão aprimorar seu valor de mercado, que decai por conta das dívidas e falta de visibilidade.

É o que critica Mário Celso Petraglia, presidente do Athletico Paranaense, outro clube que alinha sua transformação como SAF para os próximos meses, na matéria do site de apostas esportivas.

“O que estamos vendo atualmente são os clubes se entregando a investidores por preços absurdamente baixos. É o preço de um jogador”, afirmou Petraglia. Além de dívidas, a desvalorização do Real como moeda acaba aumentando essas diferenças, tornando o futebol brasileiro mais atrativo para investidores estrangeiros.

Com investimentos de companhias de renome internacional, os clubes podem assumir uma visibilidade mais positiva.

5. Mais possibilidades de gestão

Por fim, mesmo com a mudança de associação para clube-empresa, os benefícios da Lei da SAF também incluem mais possibilidades de gestão.

Isso porque se torna possível buscar mais de um investidor, sem mudar totalmente o regime em um primeiro momento.

Irlan Simões alerta, inclusive, sobre a falta de cogitação sobre modelos mais abertos. “Eu acho muito curioso que no Brasil não tenha acontecido isso ainda: os clubes terem conseguido conceber que mais de um grupo pode participar da sociedade do clube de futebol. Eu acho até seguro que você tenha interesses diferentes, perspetivas diferentes. Você pode ter um desses grupos que vai querer sair do negócio, outro pode adquirir essa participação”, defende.

Com a lei e novos aportes, essa integração será mais simples.

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