O AS Roma foi adquirido pelo investidor multimilionário norte-americano Daniel Friedkin num negócio avaliado em 591 milhões de euros, isto depois de semanas de negociações em torno do preço de compra que teve em conta o impacto da pandemia de Covid-19 no mundo do desporto.

O atual dono do clube romano, que inclui o presidente James Pallotta, anunciou esta quinta-feira a venda ao Friedkin Group, veículo de investimento familiar gerido por Friedkin e que detém, entre outros interesses, o negócio de distribuição de automóveis Gulf States Toyota Distributors.

Nas últimas semanas, o negócio foi revisto em baixa face aos 750 milhões acordados entre as duas partes no final do ano passado.

Desde então, a pandemia provocou uma descida abrupta das receitas para os clubes, designadamente receitas televisivas, patrocínios e bilheteira, tornando mais difícil avaliar o atual preço dos maiores clubes europeus.

Pallota rejeitou uma oferta de 575 milhões de euros de Friedkin em maio, tendo trabalhado com o banco Goldman Sachs na procura de alternativas, de acordo com fontes próximas das negociações.

Porém, esta quinta-feira, o clube da capital italiana anunciou um negócio de 591 milhões com o investidor americano, numa transação que deverá ficar concluída até final do mês. O Friedkin Group pagará tudo em numerário para comprar 86,6% do clube.

A restante parte do AS Roma está disperso em bolsa. As ações são negociadas na bolsa de Milão e serão alvo de uma oferta obrigatória do Friedkin Group.

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“Estamos ansiosos”

Em comunicado, o presidente do AS Roma disse: “No último mês, Dan e Ryan Friedkin demonstraram o seu compromisso total na conclusão deste negócio e no desenvolvimento do clube. Estou certo de que eles serão uns grandes donos para o AS Roma”.

“Todos nós… estamos tão felizes por sermos parte desta cidade e clube icónicos”, referiu Friedkin. “Estamos ansiosos por concluir a aquisição o mais rapidamente possível e mergulhar na família AS Roma”.

Serie A atrai milhões

Vários clubes italianos têm estado na mira de investidores estrangeiros nos últimos anos, à procura do lucrativo negócio que provém do mercado televisivo do futebol.

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Em 2016, o conglomerado chinês Suning Holdings pagou 270 milhões de euros por 70% do Inter Milão. Em junho de 2019, o multimilionário americano Rocco Comisso comprou a Fiorentina por uma quantia não revelada.

No ano passado o fundo de investimento Elliot Management tomou conta do AC Milan, depois de o investidor chinês Li Yonghong ter falhado o pagamento de juros de um empréstimo concedido pelo fundo.

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