A SAD do FC Porto tem de devolver em junho 35 milhões de euros ao investidores de um empréstimo obrigacionista. Mas, com a paragem do campeonato e a quebra de receitas por causa da pandemia e a turbulência na bolsa, os portistas arriscam falhar o prazo e estão a considerar o adiamento do reembolso da dívida por mais um ano, mantendo as condições de juros.

“O que faríamos normalmente seria o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista no mesmo valor e com a mesma taxa”, explicou o administrador financeiro do clube, Fernando Gomes, ao jornal desportivo O Jogo. Porém, com as atuais condições de mercado, a opção que está em cima da mesa passará por propor o prolongamento da emissão por mais um ano nas mesmas condições.

Nesse sentido, a SAD azul-e-branca deverá convocar uma assembleia geral de obrigacionistas para votar uma proposta de prorrogação do empréstimo obrigacionista por mais 12 meses, mantendo-se a taxa de 4,5% a pagar aos investidores e poderão reaver o dinheiro em junho de 2021.

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Fernando Gomes adiantou que a SAD dos dragões poderão antecipar a liquidação do empréstimo em janeiro de 2021, durante a janela de transferências de inverna, isto na expectativa de o clube efetuar um encaixe significativa com a transferência de jogadores.

Corte salarial mais perto

Entretanto, SAD e jogadores estão mais perto de chegar a um acordo para uma redução salarial para mitigar os efeitos do impacto do coronavírus no futebol.

A administração do FC Porto propôs um corte de 40% dos vencimentos dos jogadores. Os cortes só serão feitos nos meses sem futebol, abril e maio, em princípio. Em junho, com a retoma do campeonato, os atletas receberão os salários na sua totalidade.

Em relação à devolução do corte, a entrada na Liga dos Campeões será determinante. O FC Porto poderá encaixar 45 milhões de euros apenas com a participação na fase de grupos. Nesse caso, terá condições financeiras para devolver o dinheiro que reteve durante a paragem do campeonato.

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