Os clubes da Serie A italiana tiveram receitas de cerca de 2,8 mil milhões de euros na temporada 2018/2019, um aumento de 13,5% face à época transata.

Esta subida explica-se sobretudo com as receitas com os direitos de transmissão televisiva, que cresceram de 1,3 mil milhões de euros para 1,44 mil milhões de euros, representando mais de 50% da faturação total dos clubes.

O relatório financeiro da Serie mostra ainda que os clubes italianos conseguiram aumentar as receitas comerciais em cerca de 100 milhões de euros, totalizando os 650 milhões de euros. Já as receitas Matchday (dias de jogo) permaneceram nos 285 milhões, enquanto a rubrica outras receitas deram 350 milhões.

Os cinco maiores clubes italianos — Juventus, Inter Milão, Roma, AC Milan e Nápoles — representam mais de 57% do total das receitas, tendo gerado 1,5 mil milhões de euros na temporada transata. Dados que mostram a diferença entre os clubes mais ricos e mais pobres.

Por exemplo, os atuais campeões italianos, a Juventus, tiveram um volume de negócios de quase 500 milhões de euros, o que equivale a dez vezes mais as receitas que o Empoli gerou.

Folha salarial aumenta

Ainda que tenha conseguido aumentar a faturação, os clubes italianos também viram os seus custos aumentar a um ritmo superior, razão pela qual as finanças continuaram no vermelho.

Os custos cresceram mais de 500 milhões de euros para 3,54 mil milhões, devido sobretudo à subida da folha salarial, que “engordou” 300 milhões para 1,75 mil milhões de euros.

Os dados são conhecidos num momento difícil para a Serie A, que pode enfrentar perdas de mais de 700 milhões de euros devido ao impacto da pandemia do Covid-19.

Na Bundesliga, os 18 clubes faturaram mais de quatro mil milhões de euros na última época, um crescimento de 5,4%.

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