O Barcelona está a considerar um corte dos salários dos jogadores até 70% enquanto o período de confinamento obrigatório durar em Espanha. Os atletas estão recetivos a uma redução salarial, mas ainda não houve um acordo.
A intenção da administração do clube é aplicar qualquer medida de forma igual às equipas de futebol masculina e feminina, equipa B, sub-19 e jogadores de outras modalidades como basquetebol, andebol, futsal e hóquei em patins. As medidas também vão ser aplicadas ao staff técnico dessas equipas.
Vários clubes em toda a Europa estão a estudar formas de aliviar o impacto económico da pandemia Covid-19, que forçou uma suspensão dos vários campeonatos. A LaLiga já anunciou que vai ajudar os seus membros com as medidas que foram necessárias. O Barcelona foi o único clube a admitir este tipo de medidas, mas mais emblemas terão de adotar ações para conter os efeitos adversos do coronavírus.
Jogadores aceitam corte
A legislação em Espanha permite que as empresas possam aplicar medidas de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) ou reduções de salários em circunstâncias excecionais, mas o Barcelona prefere ter um acordo com os seus atletas.
Nesse sentido, a administração liderada por Josep Maria Bartomeu teve já várias reuniões na semana passada e esta semana, tendo recebido uma resposta positiva da parte dos capitães das equipas.
A proposta em cima da mesa aponta para uma redução salarial enquanto o lockdown durar e depois do qual os jogadores voltarão a receber a 100%, mesmo que as competições não regressem ao ativo. O estado de alarme foi anunciado no dia 11 de março e deverá continuar até dia 11 de abril, pelo menos.
A maioria dos jogadores em Espanha recebe um salário mensal (sueldo), mas dois grandes pagamentos anuais (ficha). Não é claro ainda como as medidas de contenção salarial vão funcionar. Há ainda quatro salários por pagar esta temporada.
As finanças do Barcelona (como de muitos clubes) encontram-se numa situação de precariedade e há receios de que o clube não possam ser capaz de cumprir todos os pagamentos se a época desportiva não for concluída. De um orçamento anual de 1.047 milhões de euros, 66% foi para salários na última temporada.