A Câmara Municipal de Braga, depois de vários processos judiciais, desencadeou “um esforço nunca antes feito de sistematização de dados e compilação de cifras”, sobre os custos do Estádio Municipal de Braga, casa do Sporting Clube de Braga (SC Braga). O resultado? Um documento que perfila o valor de 175.132.366 euros.

Contudo, o valor pode não ficar por aqui. Depois da autarquia local já ter desembolsado o anterior valor, poderão ainda acrescer “os valores em pendência judicial, dos quais cerca de 11 milhões (relativos ao consórcio Soares da Costa / ASSOC) não são já passíveis de recurso, e os encargos financeiros a suportar até à liquidação total dos empréstimos bancários”, sendo que corre também um litígio com o arquiteto da obra, Souto Moura. Um bolo financeiro que pode atingir os 192 milhões de euros, conquistado assim o título de estádio mais caro de Portugal.

Inicialmente, a obra do recinto desportivo estava adjudicada em 65 milhões de euros. A construção surgiu para o Campeonato Europeu de 2014, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol. 

Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, reagiu ao documento com várias comparações. “Estes números revelam que o Estádio Municipal custou mais do que o Hospital Central e mais 1,5 vezes do que o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (…) representa 15 vezes o que se gastou no Fórum Braga (…) ou até mesmo 50 vezes o valor gasto na requalificação do Parque Desportivo da Rodovia”, exemplificou.

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Além dos custos de construção, o Estádio Municipal de Braga representa para os cofres da autarquia custos anuais de manutenção e funcionamento. Os custos anuais variam de ano para ano, mas, em média, rondam os 110 mil euros.

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