O Conselho de Ministros italiano proibiu a publicidade de empresas de jogos de azar no futebol transalpino. O novo governo, liderado por Giuseppe Conte, torna-se o primeiro a nível europeu a proibir a publicidade deste género, algo que afetará a curto/médio prazo as equipas do futebol italiano.

Ler mais: Conheça a nova casa de apostas legal em Portugal

A promulgação da lei foi impulsionada pelo vice-presidente do país, Luigi di Maio, que acredita que “a indústria dos jogos tem-se aproveitado demasiado da saúde e dignidade das pessoas”. Um estudo do Conselho Nacional de Investigação italiano comprova esta tendência, demonstrando que em 2017 cerca de 400 mil pessoas tiveram algum problemas com apostas, um valor dez vezes maior que há dez anos atrás.

A publicidade de apostas estará proibida em todas as plataformas.

Este impedimento legal ganha uma dimensão ainda maior se tivermos em conta a situação dos patrocinadores nas várias equipas do futebol em Itália. Mais de metade das equipas da Serie A, primeira divisão italiana, têm acordos de patrocínio com casas de apostas. A nova legislação pode implicar um prejuízo de 700 milhões de euros aos clubes e a própria organização da Serie A poderá ser afetada. A liga emitiu um comunicado no qual expressa a sua “máxima preocupação” com a medida, referindo ainda que pode criar um fosso entre as equipas italianas e as restantes equipas europeias. A verdade é que as casas de apostas terão de se retirar do mercado italiano em busca de novos contratos de patrocínio pelo resto da Europa.

A nova lei entrará em vigor a partir do início de 2019, mas só se aplicará a novos contratos, por isso os clubes poderão cumprir os acordos que teriam estabelecido no início da temporada, apesar de não haver possibilidade de renovar o mesmo. Um suposto incumprimento da lei poderá dar uma multa de 50 mil euros ao clube em causa, independentemente da plataforma onde esta publicidade esteja presente. Fora deste contrato estará a loteria nacional.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA