A Major League Soccer (MLS), o principal campeonato de futebol dos Estados Unidos da América, requer um processo complexo para as equipas que se queiram candidatar a uma vaga na liga. Atualmente a MLS conta com 23 equipas, mas tem planos para expandir o número de equipas para 28, nos próximos anos.
A mais recente equipa a juntar-se à MLS foi os Los Angeles FC. Com Carlos Vela como vedeta máxima, o clube pagou, aproximadamente, 94 milhões de euros para entrar no campeonato. De destacar, que nos Estados Unidos não há sistema de promoção/despromoção. Ou seja, as equipas que se encontram na MLS não podem descer e as equipas de ligas inferiores não podem subir.
Veja-se a Major League Soccer como uma empresa, com os donos dos clubes a serem os seus sócios. Um modelo muito diferente dos restantes campeonatos de futebol, sem exemplo no resto do mundo, mas muito semelhante à NBA, a liga americana de basquetebol.
Entrada a peso de ouro
Os FC Cincinnati ingressarão na MLS já no próximo ano. O emblema do estado de Ohio superou os outros dez candidatos a uma vaga na liga. Juntamente com os Cincinnati, também se espera que os Nashville entrem na liga em 2020. O preço pago é de excêntricos, com ambos os clubes a pagarem quase 130 milhões de euros para fazer parte da MLS.
Os Chicago Fire, uma das primeiras equipas a juntar-se à MLS em 1998, pagaram apenas 17 milhões de euros. Uma pechincha em comparação com as centenas de milhões pagas pelos clubes agora interessados.
Mas se acha que o preço de ingresso na liga está inflacionado, espere então até às próximas vagas de expansão. O preço ainda não foi revelado, mas a Major League Soccer prevê que os preços de entrada dos 27º e 28º clubes aumentem ainda mais.
Um processo complexo e minucioso
Ter dinheiro não é o único requisito da liga norte-americana. Os clubes interessados têm outros parâmetros que querem ver cumpridos. Exemplo disto, é o facto de todos os clubes terem de apresentar uma descrição detalhada da estrutura de administração do franchise.
Para além disso, têm de apresentar os planos para a construção do estádio, plano de financiamento, aprovação governamental e eventual financiamento público. Como se ainda não fosse suficiente, é necessário apresentar o plano de negócios, projeções financeiras e patrocínios de estádio e equipamento.
Nada é feito à balda, com a MLS a estar atenta a vários fatores de eventual sucesso do franchise. Para eles, é também crucial ter o apoio da comunidade local, de forma a desenvolver a cultura do soccer na região e no país.
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“Há um tremendo interesse no futebol profissional nos Estados Unidos e no Canadá”, disse o Comissário da MLS, Don Garber. Até há data, os principais candidatos a juntarem-se à liga são: Charlotte, Detroit, Raleigh/Durham, Sacramento, St. Louis, San Antonio, San Diego e Tampa/St. Petersburg.