A UEFA, instituição que tutela o futebol europeu, começou esta semana, depois do mercado de transferências ter fechado, uma investigação sobre as finanças do clube francês PSG. Em causa está as quantias avultadas de dinheiro para pagar as transferências de jogadores como Neymar e, ainda que por empréstimo, Mbappé, neste defeso de verão.

O Paris Saint-Germain pagou 222 milhões de euros para contratar o avançado brasileiro Neymar e comprometeu-se a pagar 180 milhões de euros pelo jovem Mbappé, do clube rival Mónaco. A UEFA citou a “recente atividade de transferências” para iniciar esta sondagem através do departamento de finanças dos clubes. O organismo acrescentou ainda que “avaliaria cuidadosamente toda a documentação relativa a este caso”.

O clube parisiense respondeu ao comunicado de forma “surpresa”, considerando que “manteve constantemente as equipas da UEFA Financial Fair-Play (departamento) informadas sobre o impacto financeiro de todas as movimentações dos jogadores”.

O PSG acrescentou que “o clube está confiante na capacidade de cumprir plenamente as regras para o ano fiscal desta época”. Neste verão de 2017, o clube já completou transações de saída que ajudou a melhorar os resultados financeiros em mais de 104 milhões de euros para a atual temporada.

As regras do fair-play financeiro foram implementadas pela UEFA em 2011. Segundo estas, um clube pode gastar até cinco milhões de euros do que ganham por um período de avaliação de três anos. Caso sejam infringidas, as sanções podem incluir exclusão das competições europeias ou até uma limitação de jogadores de jogadores inscritos no período seguinte de transferências.

Só seis clubes foram importunados pelas sanções da UEFA nesta matéria. Foram todos impedidos de participar nas provas europeias devido a atrasos nos salários ou dívidas. O FC Porto também já foi “apanhado”. Em junho, a equipa portuguesa teve uma multa de 700 mil euros, mais o pagamento condicional de mais 1,5 milhões de euros.

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