A Serie A italiana quer vender os direitos de transmissão televisiva referentes ao período entre 2018 e 2021 por 1.000 milhões de euros por época.

Os responsáveis da liga italiana pretendem dar um novo impulso aos conteúdos de multimédia e audiovisual e, nesse sentido, já abriram um novo concurso de licitação no sentido de aproximarem-se aos valores praticados nas principais ligas europeias.

Mas há um aspeto em que a Serie A pretende diferenciar das restantes ligas: vai vender os direitos de transmissão por plataformas e não por pacotes ou por jogos. No total, serão pelo menos 3.000 milhões de euros que quer assegurar.

Atualmente, os direitos são assegurados pela Sky e Mediaset Premium, que têm pago uma quantia a rondar os 945 milhões de euros por ano.

Em causa estão os seguintes pacotes:

  • Pacote A – refere-se à emissão de 248 partidas, 65% do total, através de plataformas satélite, como a Sky, com um preço mínimo de 200 milhões de euros por ano.
  • Pacote B – é idêntico em conteúdos e exigências económicas, mas através de plataformas de televisão digital terrestre (TDT) com a Mediaset Premium.
  • Pacotes C1 e C2 – com um preço de saída de 100 milhões de euros cada um, garantem 140 jogos para serem emitidos na televisão ou na internet, respetivamente.
  • Por último, e por 400 milhões por ano, abre a possibilidade de comprar a retransmissão de 324 duelos através de sistemas OTT (over the top).

Mais mudanças estão à vista ao nível da calendarização e programação dos jogos. Em vista está uma aproximação a modelos praticados noutras ligas europeias, como a La Liga. A Serie A pretende expandir os horários dos jogos de cinco para oito. Ao sábado os encontros seriam às 15h, 18h e 20h30. Ao domingo seria ao 12h30, 15h, 18h e 20h30. E na segunda, um último jogo da jornada às 20h30.

Os direitos televisivos em Itália assumem uma importante fonte de rendimento para clubes, sobretudo os mais pequenos. Por ano, são distribuídos 18,5 milhões de euros fixos por cada um dos 20 clubes participantes. Podendo ainda acrescer mais milhões, pois o bolo total a ser distribuído chega aos 1.200 milhões de euros. Este valor, com este novo contrato, pode crescer ainda mais.

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