O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, afirmou que o órgão máximo do futebol europeu está novamente a ponderar a criação de um “imposto de luxo“. Este imposto afetaria os clubes de topo mais ricos, de forma a tentar reduzir as discrepâncias no futebol do velho continente.
Aleksander Ceferin esteve presente no Football Talks, que começou dia 22 e terminou dia 24 de março, no Estoril. Durante uma das palestras, o presidente da entidade que governa o futebol europeu disse que é necessário tomar medidas para combater as desigualdades criadas pelos clubes de topo.
“Temos de examinar novos mecanismos, como impostos de luxo e, em particular, critérios desportivos, como limitações de plantel e regras de transferências justas“, esclareceu Ceferin.
The president is in the house! Alex Ceferin, presidente da UEFA, abre o Football Talks 2017. pic.twitter.com/xCINVmEETe
— Eduardo Tega (@tega) 22 de março de 2017
Este não é o primeiro esforço semelhante da UEFA para tentar controlar as finanças dos clubes.
Em 2009, foi imposto o sistema do Fair-Play Financeiro, que procura reduzir as dívidas do clubes, limitando os gastos em relação às receitas. Também em 2013, a Comissão Europeia exigiu um imposto de luxo ao principais clubes europeus, num esforço para introduzir mais igualdade financeira.
O presidente da UEFA pronunciou-se também em relação à expansão do número de seleções participantes no Campeonato do Mundo. Aleksander Ceferin afirmou que, com a expansão, apenas um reduzido número de países conseguiria hospedar a competição. Recorde-se que o Campeonato do Mundo, passará a contar com 48 equipas em 2026.
“Acho que talvez dois, três países na Europa, não mais. Ninguém na África conseguirá. Talvez na China ou nos EUA. Quarenta e oito é um grande número, será interessante ver”, rematou o presidente da UEFA.