O pedido da SAD do Boavista para que a reestruturação financeira do clube se fizesse fora dos tribunais foi chumbado pelo Tribunal de Relação do Porto. Um chumbo que pode colocar o emblema axadrezado na falência, depois de plano de recuperação ter sido entregue fora do prazo legal. As dívidas da SAD boavisteira atingem os 40 milhões de euros.
O Tribunal acabou por impedir o plano pois este não foi entregue nos quatro meses de prazo máximo. A queixa partiu dos credores que apresentaram várias exigências ao clube no Tribunal de Primeira Instância do Porto, de acordo com o Jornal de Notícias.
Este plano de reestruturação financeira dá primazia às Finanças e à Segurança Social e contempla ex-trabalhadores, incluindo jogadores que já saíram do clube. Se a situação se mantiver, o Boavista pode ser alvo de novas ações judiciais e não se descarta a possibilidade de falência.
Ao Jornal de Noticias, o administrador da SAD axadrezada referiu que o atraso não era da responsabilidade do clube, mas sim “das entidades públicas que demoraram a responder”. Acrescentou ainda que “o plano está a ser cumprido como estava previsto pela SIREVE” e que “esta decisão só vincula os credores que não aderiram ao plano, o que é uma minoria”.
O Boavista referiu em comunicado que o acórdão do Tribunal de Relação “ainda não transitou em julgado”, devido ao recurso interposto pelo clube. As panteras enalteceram ainda “o grande esforço de contenção económico-financeira” com um dos orçamentos mais baixos da Liga NOS.