A Federação Portuguesa de Futebol obteve o melhor encaixe financeiro da sua história na época transacta. Segundo o Relatório & Contas divulgado recentemente, o organismo liderado por Fernando Gomes conseguiu fazer 64,3 milhões de euros em receitas ao longo do exercício 2015/6.

As despesas não andaram muito longe – mas, com uma saída de fluxos de 61,2 milhões de euros, foi o suficiente para ter um lucro de três milhões de euros, um dos melhores resultados da história da Federação e o melhor do consulado de Gomes.

“A diferença positiva final de cerca de três milhões”, disse Fernando Gomes, “traduz a qualidade da Selecção Nacional”. O dirigente congratulou-se também pelo facto de o resultado final ser consideravelmente superior ao que estava inicialmente orçamentado: um excedente de apenas 156 mil euros.

Para estes resultados muito contribuiu a caminhada vitoriosa da selecção nacional no Euro 2016. A vitória da equipa das quinas no certame realizado em França permitiu um encaixe de 25 milhões de euros, que representou quase metade das receitas totais da época. A este valor, porém, há que deduzir os custos (prémios, estadia, etc.) do Euro, que também foram avultados. E, entre o deve e o haver, o saldo líquido terá sido apenas de cinco milhões de euros, segundo Fernando Gomes.

Em relação aos lucros registados, a Federação já sabe como os aplicar. A proposta que vai ser levada a Assembleia-Geral, no próximo dia 29, propõe que os três milhões sejam divididos entre o programa de modernização administrativa dos sócios da Federação (1,4 milhões), o apoio a competições e clubes não profissionais (1 milhão) e o o reforço da actividade das selecções de formação (500 mil euros).

Na época 2011/2012, o saldo positivo foi de quase 2,7 milhões de euros e em 2013/2014 de 1,3 milhões de euros. Menos expressivos foram os resultados de 2012/2013 (menos de 20 mil euros) e de 2014/2015 (440 mil euros). O facto de nos anos ímpares não se realizarem grandes certames internacionais explica a discrepância nos resultados.