“Convocatória surreal”, admitiu o seleccionador Rui Jorge. Dos 35 pré-convocados, só 11 jogadores tiveram autorização dos clubes para representar Portugal nos Jogos Olímpicos. O que perdemos?

“Foi surreal fazer esta convocatória. Ainda há poucas horas recebemos um telefonema que nos retirou um jogador, por isso só apresentámos 17”. O desapontamento era evidente no rosto de Rui Jorge após ter apresentado a selecção de jogadores que vai participar no torneio olímpico de futebol do Rio 2016. E é compreensível.

É que de fora da lista final para os Jogos ficaram os recém-campeões europeus William Carvalho (Sporting), avaliado em 26 milhões de euros, André Gomes (Valência), João Mário (Sporting) e Renato Sanches (B. Munique), avaliados em 20 milhões de euros, Raphael Guerreiro (Dortmund), avaliado em nove milhões, e Rafa Silva (Sp. Braga), avaliado em 15 milhões.

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A participação (e o consequente desgaste) no Campeonato da Europa pode justificar as exclusões destes jogadores. Mas não explicam o resto.

Por intransigência dos respectivos clubes, o seleccionador sub-21 viu-se privado de outros tantos nomes sonantes que tornariam Portugal num sério candidato ao ouro olímpico.

Foram os casos dos defesas João Cancelo (Valência) e Nélson Semedo (Benfica), dos médios Rúben Neves (FC Porto), Bernardo Silva (Mónaco) e Rony Lopes (Lille) ou dos avançados André Silva (FC Porto), Gelson Martins (Sporting) e Gonçalo Guedes (Benfica).

Ou seja, por diversas razões, Rui Jorge viu-se privado de um conjunto de jogadores avaliados em 204 milhões de euros, segundo as avaliações de mercado do site Transfermarkt.

O que perdemos? Talvez a melhor oportunidade para somar ao inédito título de Campeão da Europa uma inédita medalha de ouro na modalidade de futebol nos Jogos Olímpicos.

Portugal está no Grupo D do Torneio Olímpico de Futebol, juntamente com a Argentina (com quem joga no dia 4 de Agosto), Honduras (7 de Agosto) e Argélia (10 de Agosto).

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