Foi a principal bandeira da UEFA na demonstração do retrato financeiro dos clubes europeus: a dívida global desceu no último ano para os 6.600 milhões de euros, menos 1.000 milhões do que há cinco anos. É a prova de que o Financial Fair Play e a austeridade que Platini implementou nos últimos anos está a dar frutos.

Ter as contas equilibradas. Não cometer excessos que prejudiquem a viabilidade dos clubes. Manter uma actividade sustentável e sem os vícios da dívida. Os principais objectivos do presidente da UEFA, Michel Platini, com a implementação do Financial Fair Play parecem estar no bom caminho. O futebol agradece.

O relatório The European Club Footballing Landscape 2014, divulgado recentemente pela entidade que governa o futebol europeu, mostrou que as dívidas dos clubes europeus desceu dos 7.600 milhões de euros em 2009 para os 6.600 milhões de euros em 2014, uma queda pronunciada do endividamento dos clubes em -13,2% em apenas cinco anos.

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No global, os resultados são bastante positivos. Mas olhando para a realidade de cada campeonato, ainda há um caminho longo para percorrer.

Em média, cada clube da Premier League tinha dívidas de 79 milhões de euros no final de 2014, um valor que compara com a média de 100 milhões de euros de dívida que cada clube britânico tinha em 2013.

Apesar de ser o valor mais elevado quando comparado com outras ligas europeias, a verdade é que a dívida dos emblemas ingleses é relativamente pequena se tivermos em atenção os seus activos (a dívida representava 23% do activos dos clubes).

Em Portugal, a dívida dos clubes (sobretudo concentrada nos três grandes, SL Benfica, FC Porto e Sporting CP) é bastante mais reduzida: 48,4 milhões de euros de média por clube nacional. Ainda assim, representa 70% dos activos dos clubes portugueses, deixando-os numa situação financeira mais débil.

Pouco ou nada surpreendente, é na Bundesliga onde encontramos os clubes com contas mais disciplinadas: dívida de apenas 9,2 milhões de euros em média por clube, representando apenas 7% dos activos.

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