PSG, Lyon e Marselha facturaram mais de 40 milhões de euros com os direitos audiovisuais, enquanto o Metz recebeu quase 12 milhões de euros, sendo o clube que menos ganhou com os direitos televisivos. No total, a Ligue 1 distribuiu pelos clubes quase 500 milhões de euros com os direitos de transmissão televisiva dos jogos do principal campeonato francês, montantes inimagináveis para a realidade portuguesa.

Em França, onde a centralização dos direitos pela Liga é o modelo adotado, a repartição dos dinheiros relativos aos direitos televisivos comportam duas dimensões: uma dimensão mais fixa, em que todos os clubes recebem o mesmo, e outra dimensão variável e associada ao desempenho desportivo do clube, quer na época em curso quer nas últimas cinco épocas, e à notoriedade do clube.

O tricampeão francês PSG, de Ibrahimovic e companhia, foi o clube que mais faturou, mais de 45 milhões de euros, seguido do Marselha (43 milhões) e Lyon (42 milhões). Com alguma distância em relação a este grupo ficou Lille (31 milhões), Bordéus e Saint-Etienne (30 milhões) e o Mónaco dos portugueses Leonardo Jardim, Ricardo Carvalho, João Moutinho e Bernardo Silva, cujos direitos renderam apenas 26 milhões de euros – performance nas últimas cinco temporadas e notoriedade reduziram significativamente a fatia dedicada aos monegascos.

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Por outro lado, o Metz foi o clube que menos ganhou com os direitos televisivos. Ainda assim, a parte que lhe coube foi bastante generosa: cerca de 12 milhões de euros.

Se é verdade que os números ficam bastantes distantes dos montantes que se praticam em Inglaterra, onde o campeão Chelsea recebeu 135 milhões pelos direitos televisivos, os montantes distribuídos em França demonstram a força financeira da Liga francesa face a outras ligas mais equiparáveis em termos desportivos, caso da Liga portuguesa e holandesa.

Em Portugal, a discussão sobre a centralização dos direitos é antiga. O Benfica explora os seus próprios direitos de televisão num negócio inovador na Europa (uma vez que a Benfica TV transmite campeonatos internacionais). Em 2013/2014, a televisão rendeu cerca de 20 milhões de euros aos cofres encarnados, um pouco menos do que Joaquim Oliveira (Olivedesportos, dono da Sport TV) oferecia.

Os outros dois grandes também negoceiam individualmente. O FC Porto recebe cerca de 20 milhões por temporada, depois de em 2011 ter assinado um contrato de cedência dos direitos de televisão até à época 2017/2018 com a Olivedesportos. O Sporting receberá da mesma entidade cerca de 15,5 milhões por ano até 2017/2018.

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